Barro preto
Joaquim Ribeiro Alvelos, conhecido por Mestre Joaquim Alvelos e Joaquim "Rei" nasceu no ano de 1920, na freguesia de São Pedro de Paus, concelho de Resende.
Iniciou-se na arte através do seu pai. Fez durante muito tempo peças utilitárias, aprendendo nessa altura a fazer talhas, panelas, alguidares em barro negro.
Com o surgimento dos pyrexs e dos plásticos, as vendas foram descrendo, tornando estes materiais em desuso. Por este fato começou a elaborar pequenas figuras de barro.
As primeiras obras terão surgido por volta de 1985, representavam "cenas" do quotidiano: animais, músicos, romarias, cristos na cruz, presépios, cavaleiros. Os bichos que não deixavam carregar farinha e panelas. E assim, quando havia feiras na região rompiam-se os santos, as bailarinas, a mulher grávida o pastor e representações dos habitantes que lavravam a terra.
Ficou mais conhecido quando começou a fazer feiras de artesanato, participou na feira de Vila do Conde, a FIL, em Lisboa e a feira de São Mateus em Viseu, onde se cruzava com o Mestre José Maria.
O mestre Joaquim Alvelos, o último artesão de Fazamões, morre em 2005, tinha 85 anos.
Em 2022, o Museu da Olaria de Barcelos, fez uma exposição dedicada aos mestres do barro preto, homenageando o José Maria Rodrigues e o Joaquim Alvelos.
Assinatura das obras: ausente, e algumas delas referem Fazamões
Referências: Arquivo Alberto Correia

