Figurado de Barcelos , Geração Ramalho

Maria Júlia Oliveira Mota Esteves, conhecida por Júlia Ramalho, nasceu em em Galegos São Martinho, no lugar da Cova, no dia 3 de Maio de 1946.
Rosa Ramalho (1888-1977) era sua tia Avó, sendo esta que vem a contribuir para o seu imaginário. A avó Rosa falava-lhe dos demónios e contava-lhe muitas histórias de diabos, feiticeiras e animais exóticos que existiam nos campos.
Júlia frequentou a escola , mas referia muitas vezes que tinha gostado de ter mais estudos.
Teve a sorte de, desde muito jovem, ter tido contato com o António Quadros e estudantes as Belas Artes do Porto que iam visitar a avó, Rosa Ramalho.. Esta realidade deu-lhe oportunidade de contactar com o mundo artístico.
Júlia Ramalho apreciava especialmente as obras peças religiosas, pelo que os setes pecados morais e mortais integraram as suas preferências.
Fez santos, mulheres minhotas, pombais, figuras politicas, animais dos campos e representações da vida rural.
Aliás, como escreveu Batistas Bastos, na voz da Júlia: "as pessoas do mundo não têm sonhos iguais. Os meus sonhos faço-os depois no barro". Rosa , Júlia, Teresa e António, (avó, neta e bisnetos) são três gerações a transformar em arte, "os sonhos em poesia".
"As mãos de Júlia transformavam o barro em criaturas palpitantes de vida".
Atualmente (2024) Júlia Ramalho deixou de fazer obras, nos seus 78 anos, a fragilidade da idade não lho permite.
Os seus filhos António Ramalho e Teresa Ramalho, continuam a contribuir para imortalizar a geração "Ramalhos".
Assinatura: JR
Referencias:
Catalogo da exposição: Gosto de Mulheres, arte e histórias de mulheres também contadas por outros homens (2003) , disponibilizada pela Teresa Ramalho.
Créditos das fotos das galinhas: Pedro Cruz Gomes e da artista: Carlos Barroco, cedida pela Nádia Baggioli,





